A ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou, hoje, 12/11-2012, a entrada da Venezuela - e Brasil - no CDH (Conselho de Direitos Humanos), juntamente com os demais países: Argentina, México, Uruguai, Alemanha, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Emirados Árabes Unidos, Estônia, Etiópia, Gabão, Irlanda, Japão, Cazaquistão, Quênia, Montenegro, Paquistão, Serra Leoa e Estados Unidos. O processo, segundo informa o jornal, foi realizado de modo democrático. O que me estranhou foi as reações negativas de algumas organizações como HRF (Human Rights Fundation) e UN Watch. A razão da crítica foi, segundo informa, por causa do descumprimento dos requisitos pelo governo de Hugo Chaves como aquele que deveria promover a proteção dos direitos universais do homem. Apesar de tudo, parabéns para Venezuela!
No meu ver, nenhum governo neste planeta que não abusa os direitos humanos. Todos os governos cometeram e ainda cometendo, consciente ou inconsciente, de maior ou menor grau, os direitos humanos em nome das ideologias quaisquer. A minha pergunta é essa: essas organizações protestam ou criticam, da mesma forma, quando o premio Nobel da Paz foi dado para a União Europeia, um continente que promove mais guerras camufladas de bandeira da paz, da liberdade, do direito? Um continente que mais mata o ser humano do que as outras nações quaisquer ao longo da história da humanidade?
A Venezuela e o Hugo Chaves estão dentro de cada um de nós. Se a premiação do Nobel foi como uma ação política pedagógica para chamar a atenção e conscientizar os governos dessas nações em relação ao problema real do que por causa de seu merecimento, parece-me que a escolha da Venezuela para integrar no CDH também foi uma ação política pedagógica e não pelo merecimento. Assim, nenhum país é melhor do que outro em relação aos direitos humanos, à democracia e à liberdade, etc., portanto, não existe nenhum país neste planeta que realmente tem mais merecimento do que os demais países. Na minha modéstia opinião, em vez de agir autoritariamente, a ONU está tentando promover um outro caminho político, mais pedagógico, de promover a paz e os direitos universais para a vida humana e a do planeta. Em vez de criar confronto desnecessário contra qualquer governo de qualquer nação e que provoca tensões e atritos políticos entre as nações, a entrada da Venezuela no Conselho de Direitos Humanos é uma chamada a responsabilidade e não foi por causa do seu crédito político nem o merecimento do seu líder.
Espero que os governos das nações aprendam mais a governar com o espírito mais humano, promovem mais a paz pela paz, sociabilizam cada vez mais os direitos humanos de modo mais justo e equilibrado.
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L. Betekeneng