FRATERES DE NOSSA SENHORA, MÃE DE MISERICÓRDIA

1. NOSSA IDENTIDADE

Quem somos? Somos uma congregação de irmãos, isto é, não-clero, de direito papal. Somos conhecidos e chamados, oficialmente como fráter  da Congregação de Nossa Senhora, Mãe de Misericórdia, abreviada como fráter CMM.

O nosso ser frater baseia-se nas interpelações evangélicas do mestre Jesus de Nazaré, o nosso Cristo-irmão misericordioso: “Não permitais que vos chamem rabí, mestre e pai, pois temos um só Rabí, Mestre e Pai que está no Céu, e todos vós sois irmãos” (cf. Mt 23, 8-12). “Assim, como Pai me amou e eu vos amei, amai-vos, também, uns aos outros; somente assim reconhecerão todos que sois meus discípulos” (cf. Jo 15,12; 13, 34-35). “Quem tem dom de ensino (educar), ensinando com simplicidade, alegria, diligência e misericórdia” (cf. Rm 12, 7-8). Pois não é aquele que diz: senhor, senhor, mas “Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão” (cf. Mc 3, 35). “Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (cf. Mt 24,40). “Sede misericordioso como o vosso Pai é misericordioso” (cf. Lc 6,36). Em outras palavras: carisma da nossa congregação é a educação e a nossa espiritualidade é misericórdia, como Maria, a Educadora da família de Nazaré. Ou seja, ser fráter-educador e misericordioso. Isto é, ser missionário da misericórdia de Deus, em Cristo, neste mundo.

2. NOSSA HISTÓRIA

Nossa congregação foi fundada nos países baixos (Holanda), a 25 de agosto de 1844, por Dom Joannes Zwijsen, arcebispo de Utrecht e Administrador Apostólico de ‘s-Hertogenbosch. O contexto histórico da fundação, foi a crise política e social na Europa, principalmente após a revolução francesa (05/05-1789 – 09/11-1799).

No campo político, a revolução que, segundo os historiadores, deu o início à idade contemporânea, provocou a queda da monarquia, e o surgimento da nova mentalidade. Nasce desse contexto o ideal (o lema) do iluminismo, inspirado pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau, conhecido mundialmente até hoje como: “Liberté, Egalité, fraternité”, e que serve como lema de diversos movimentos, políticos e sociais, na sociedade que lutam pela democracia, pelos direitos humanos e pela liberdade.

No campo social, o influxo da revolução, provocou, na Europa, a situação de miséria, de doenças e de abandono entre outros. Nesse contexto que Dom Joannes Zwijsen se sentiu interpelado, por Deus, para agir em resgate da vida dos pequenos abandonados, dos pobres e indefesos, principalmente os jovens, que na visão do fundador, são o futuro do Reino crístico promissor de Deus. Dom Joannes Zwijsen viu, nessa situação, a necessidade de fazer penetrar na sociedade o novo jeito de ser homem e mulher, e novo espírito de conviver e correlacionar: a simplicidade, a solidariedade e fraternidade, segundo a vontade de Deus, como foi anunciado e testemunhado por Jesus de Nazaré. Para esse ideal, a educação (intelectual, “técnico-professional” e espiritual), na visão de Zwijsen, é o instrumento transformador eficaz para a nova sociedade mais justa e mais fraterna. Educar é fazer os jovens e crianças o sujeito vivo e ativo de mudança, protagonista de sua história de vida e salvação, o construtor do “Reino” esperado.

3. NOSSO FUNDADOR

Dom Joannes Zwijsen nasceu em Kerkdril, Holanda a 28 de agosto de 1794. Ordenado sacerdote em 1817. Foi pároco de 't-Heike na cidade de Tilburg, de 1832 – 1851. Foi promovido Bispo coadjutor do Vigário Apostólico de ‘s-Hertogenbosch de 1842 – 1851 e, como Bispo titular do mesmo vicariato de 1851 – 1853. Depois da restauração da hierarquia eclesiástica na Holanda em 1853, Joannes Zwijsen foi promovido Arcebispo de Utrecht e Administrador Apostólico de ‘s-Hertogenbosch. Dom Joannes Zwijsen faleceu a 16 de outubro de 1877, com 83 anos de idade. Seu lema era: mansuete et fortiter (ser manso e forte). Isto é, ser forte na fé (crer na providência de Deus) diante dos desafios, manso no relacionamento afetivo-efetivo para com o próximo, misericordioso na convivência fraterna e humilde e alegre no serviço evangélico. Tudo isso foi feito como programa de sua vida apostólica.

4. NOSSO CARISMA

Para Dom Joannes Zwijsen, a Maria de Nazaré é a misericórdia de Deus em pessoa no mundo, é a síntese da pedagoga divina na vida da humanidade. Jesus Cristo é o Revelador deste mistério do amor divino na história de vida no mundo, é o amor misericordioso do Criador-Deus em operação na Terra. São Vicente de Paulo é a figura histórica da ação misericordiosa de Deus no nosso tempo, o amigo e irmão dos pobres e marginalizados nas nossas sociedades. Assim, a característica do nosso carisma é a misericórdia. Ela é a “cor” de nosso ser, a força do nosso viver e o ritmo de nossa marcha missionária.

Atuamos, especificamente, no campo da educação dos jovens e crianças, em diversas áreas de trabalho: nas escolas, nas paróquias e nos diversos campos da pastoral. Trabalhamos também no cuidado dos órfãos e menores-abandonados. Maria, a mãe de misericórdia e pedagoga da vida evangélica é a força propulsora e fonte inspiradora do nosso ser frater e de nossa vida do discipulado crístico. Vicente de Paulo é o patrono do nosso serviço apostólico. Jesus de Nazaré, o nosso Cristo-irmão misericordioso é o nosso Caminho, nossa Verdade e nossa Vida para conviver, compartilhar e servir. Resumindo: a misericórdia é a identidade de nossa vida espiritual (Espiritualidade) e a educação é o campo “carismático” (Carisma) de nossa ação evangelizadora. Ou seja, o trabalho da educação é o nosso espírito de misericórdia em operação. Um frater-educador-misericordioso deve ter sempre ‘um’ espírito de misericórdia na sua vida e uma visão pedagógica e educativa nos seus trabalhos apostólicos. Isto é, deve testemunhar o amor de Deus de maneira educativa (libertar as pessoas de todo o tipo de escravidão) e sempre com o espírito de misericórdia, de simplicidade, de alegria e diligência.  

5. ONDE ESTAMOS

Estamos atualmente em quatro continentes: Europa: Holanda e Bélgica. América: Estados Unidos, Suriname e Brasil. África: Quenia, Namíbia, Tanzânia. Ásia: Philipina, Timor Leste, Indonésia. Trabalhamos, principalmente, na educação dos jovens e crianças e, atuamos também, nas pastorais.

6. ETAPAS DA FORMAÇÃO

Nosso processo de formação passa por três etapas (com duração de 1ano/etapa): postulantado, noviciado canônico e noviciado normal. (o critério de entrada: jovem, católico romano, já é batizado e crismado. Tem participado da vida da Igreja onde mora, como atuar em alguns trabalhos pastorais e catequese. Tem formação escolar, no mínimo, 2º-grau completo (já concluído). A idade mínima para a permissão de entrada é de 23 anos e, máxima de 28 anos). Aceitamos, também, o universitário, com idade máxima de 35-38 anos(?). Tempo de acompanhamento vocacional (aspirantado – à distância) no máximo 1 ano.

“Se pairar sobre sua entranha uma força de sedução vocacional, súbita e persistente, não duvide nem tenha medo de nos procurar. Deus se deixa vencer pela coragem e generosidade”.

7. NOSSO ENDEREÇO DE CONTATO

Comunidade São Vicente de Paulo - Belo Horizonte

Rua Anchieta, 646 – B. Pe. Eustáquio

CEP: 30 720 370 – Belo Horizonte/MG.

Telefone: (xx 31) 3462-1372

Fac-simile: (xx 31) 3462-1440

Comunidade São José - Coronel Fabriciano

Rua quatro, 71 – B. Caladinho do Meio

CEP: 35 171 227 – Coronel Fabriciano/MG.

Telefone: (xx 31) 3842-6106

Fac-simile: (xx 31) 3842-5693